"El Zacatón", ou denominada "Xacatun" para a civilização Maia, localiza-se na península de Yucatán (México). É a caverna inundada mais profunda do planeta e é considerada um ícone entre a comunidade dos “Cave Divers”, sem dúvida a especialidade mais arriscada do mergulho autônomo.
Trata-se do abismo sombrio que levou a vida do maior mergulhador de cavernas de todos os tempos, o americano Sheck Exley (1949-1994)*. Depois de colecionar todos os recordes possíveis, ele queria descer até a profundidade máxima daquele cenote, nome dado aos "buracos" alagados que se localizam por toda península de Yucatán, onde muitas vezes os Maias faziam sacrifícios humanos. Exley foi mais uma vítima daquele sumidouro. Quando seu corpo foi içado pelo cabo que o prendia, seu computador de mergulho marcava a profundidade de 268 metros.
*Sheck Exley
.Nascimento: 01/04/1949
.Falecimento: 06/04/1994 (45 anos) em El Zacatón, Tamaulipas, México
.Nacionalidade: Americano
.Ocupação: Professor de matemática, revendedor de veículos e pioneiro no Mergulho em cavernas.
Foi preciso esperar 13 anos para ir mais além, com a ajuda da robótica. O candidato a herói foi o submarino robô DepthX (Deep Phreatic Thermal Explorer), projetado pelo Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, Pensilvânia, construído pela Stone Aerospace.
O primeiro mergulho do DepthX nas águas tranquilas daquele lago circular de 328 metros de diâmetro, aconteceu entre 16 e 17 de maio de 2007. Dotado de instrumentos especiais, o submarino coletou amostras de bactérias e de rochas a 115, 195 e 270 metros de profundidade. Ao mesmo tempo, os sensores do veículo criaram o primeiro mapa digital daquele gigantesco abismo.
Os mapas revelaram uma cavidade que se estende além dos 300 metros de profundidade, fazendo El Zacatón ser grande o bastante para esconder a Torre Eiffel. Os cientistas ainda não encontraram o fim do abismo, mas acreditam que o fundo do cenote deva estar a um quilômetro de profundidade. O submarino mapeou ainda outras três grutas: El Caracól, com 82 metros, os 117 metros da Poza La Pilita e os 48 metros da Poza Verde.
De acordo com a Stone Aerospace, o DepthX é um veículo autônomo extraordinário. Com cerca de dois metros de diâmetro e 1,3 tonelada, ele pode manobrar, flutuar ou pairar submerso contando apenas com as informações fornecidas pelos seus sensores.
Possui seis propulsores (quatro horizontais e dois verticais) e um sofisticado sistema de navegação dotado de câmeras e radares que mapeiam em tempo real o meio ambiente circundante, evitando obstáculos. Ao mesmo tempo mapeia digitalmente o terreno e sua comunicação com a superfície é feita através de transmissão Wi-Fi, sem fio. O DepthX foi projetado para suportar a pressão de um mergulho de até mil metros. Sua autonomia é de oito horas, com uma velocidade de cruzeiro de 720 metros por hora.
O valor do projeto, 5,3 milhões de dólares, foi financiado pela Nasa. E a razão para isto é simples: a agência espacial americana sonha desenvolver um submarino robô totalmente autônomo que possa um dia ser enviado numa missão espacial até a distante "Europa".
"Europa" é uma das 63 luas de Júpiter, porém desde 1995, quando a sonda Galileo descobriu que era coberta por uma calota de gelo, "Europa" tornou-se uma obsessão científica. Os exobiólogos, pesquisadores que procuram vida fora da Terra, acreditam que embaixo de uma calota de gelo de até 100 km de espessura exista um oceano oculto.
“Nós temos tanta certeza de que existe água em estado líquido em "Europa", e a verdadeira questão é saber se também existe vida, se existe algo no oceano que possa alimentar alguma forma de vida”, diz o exobiólogo Chris McKay, do Instituto de Astrobiologia do Centro de Pesquisas Ames da Nasa, em Palo Alto, Califórnia.
.Nacionalidade: Americano
.Ocupação: Professor de matemática, revendedor de veículos e pioneiro no Mergulho em cavernas.
Foi preciso esperar 13 anos para ir mais além, com a ajuda da robótica. O candidato a herói foi o submarino robô DepthX (Deep Phreatic Thermal Explorer), projetado pelo Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, Pensilvânia, construído pela Stone Aerospace.
O primeiro mergulho do DepthX nas águas tranquilas daquele lago circular de 328 metros de diâmetro, aconteceu entre 16 e 17 de maio de 2007. Dotado de instrumentos especiais, o submarino coletou amostras de bactérias e de rochas a 115, 195 e 270 metros de profundidade. Ao mesmo tempo, os sensores do veículo criaram o primeiro mapa digital daquele gigantesco abismo.
Os mapas revelaram uma cavidade que se estende além dos 300 metros de profundidade, fazendo El Zacatón ser grande o bastante para esconder a Torre Eiffel. Os cientistas ainda não encontraram o fim do abismo, mas acreditam que o fundo do cenote deva estar a um quilômetro de profundidade. O submarino mapeou ainda outras três grutas: El Caracól, com 82 metros, os 117 metros da Poza La Pilita e os 48 metros da Poza Verde.
De acordo com a Stone Aerospace, o DepthX é um veículo autônomo extraordinário. Com cerca de dois metros de diâmetro e 1,3 tonelada, ele pode manobrar, flutuar ou pairar submerso contando apenas com as informações fornecidas pelos seus sensores.
Possui seis propulsores (quatro horizontais e dois verticais) e um sofisticado sistema de navegação dotado de câmeras e radares que mapeiam em tempo real o meio ambiente circundante, evitando obstáculos. Ao mesmo tempo mapeia digitalmente o terreno e sua comunicação com a superfície é feita através de transmissão Wi-Fi, sem fio. O DepthX foi projetado para suportar a pressão de um mergulho de até mil metros. Sua autonomia é de oito horas, com uma velocidade de cruzeiro de 720 metros por hora.
O valor do projeto, 5,3 milhões de dólares, foi financiado pela Nasa. E a razão para isto é simples: a agência espacial americana sonha desenvolver um submarino robô totalmente autônomo que possa um dia ser enviado numa missão espacial até a distante "Europa".
"Europa" é uma das 63 luas de Júpiter, porém desde 1995, quando a sonda Galileo descobriu que era coberta por uma calota de gelo, "Europa" tornou-se uma obsessão científica. Os exobiólogos, pesquisadores que procuram vida fora da Terra, acreditam que embaixo de uma calota de gelo de até 100 km de espessura exista um oceano oculto.
“Nós temos tanta certeza de que existe água em estado líquido em "Europa", e a verdadeira questão é saber se também existe vida, se existe algo no oceano que possa alimentar alguma forma de vida”, diz o exobiólogo Chris McKay, do Instituto de Astrobiologia do Centro de Pesquisas Ames da Nasa, em Palo Alto, Califórnia.
Oi Rodrigo, Parabéns pelo site. Sou mergulhadora de caverna e fã do Sheck. Apenas uma correção a segunda foto de cima para baixo é de Dave Shaw, mergulhador australiano, morto em 2005 em um mergulho na caverna de Boesmansgat, na Africa do Sul. Sds, bom azul, Flavia Pestana
ResponderExcluirOlá Flávia,
ResponderExcluirAgradeço pelo seu rico comentário. Houve mesmo um engano com relação à foto a que você se refere,inclusive já providenciei a sua retirada.
Já que você é fã do Sheck, indico um livro muito bom dele, denominado: "Caverns Measureless to Man", você já leu?
Continue prestigiando o blog e indique para os amigos, ok?
Abraços,
Rodrigo Correia.