Segundo informações da literatura, nos últimos 20 anos podemos observar uma grande variedade de algoritmos computacionais de programas de descompressão. Inicialmente eles se baseavam no modelo de descompressão proposto por Haldane. Pesquisas inicialmente realizadas na Universidade do Havaí, que incluem outras variáveis relacionadas à interação dos gases com o corpo humano, disponibilizaram novos algoritmos. Em resumo, os cálculos realizados propunham mergulhos com primeiras paradas mais profundas, mas com duração não muito diferente das tabelas convencionais para o mergulho profundo. Outras mudanças ocorreram desde os experimentos iniciais de Haldane, principalmente, relacionadas à velocidade de subida. Haldane usou uma taxa de subida de 9 metros por minuto, que era lenta o suficiente para evitar a formação de bolhas e compatível com o tipo de equipamento usado, que eram os escafandros.
Como o mergulho autônomo permite uma liberdade de subida maior, as taxas de velocidade de subida aumentaram. Após um período de tempo considerável, durante o qual se preconizava a velocidade de subida de 18 metros/minuto (Marinha Norte-Americana, 1956), ela acabou diminuindo para 12 metros/minuto (Hills, 1966-76), depois indo para 10 metros/minuto (Buhlmann, 1975) e finalmente até os 9 metros/minuto, preconizados pela maioria das entidades relacionadas à prática do mergulho scuba seguro.
As vantagens de diminuir a velocidade de subida vão além da simples oportunidade de eliminação do gás acumulado durante o mergulho. Elas incluem a diminuição da produção de êmbolos gasosos venosos, menos obstrução do filtro pulmonar e menos chance de barotrauma pulmonar.
São muitos os problemas existentes no desenvolvimento de um modelo matemático ideal para prevenir a doença descompressiva. As dificuldades não recaem somente sobre a escolha de beneficiar os tecidos lentos ou rápidos e a sua correlação com mergulhos profundos, rápidos ou demorados. As dificuldades se concentram no fato de não existir um conhecimento claro que defina a escolha a ser seguida, ou seja, por seguirem argumentos ainda não bem esclarecidos relacionados à difusão ou à perfusão de gás nos vários tecidos.
Em geral, o que podemos observar é que as tabelas atuais são mais efetivas em reduzir a doença descompressiva em tecidos de meio-tempo e lentos, do que nos rápidos, como o sistema nervoso central.
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ResponderExcluirPoderiam me enviar as tabelas de mergulho e tratamento por e-mail?
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