Em 1999, Cody Unser foi internada no hospital e diagnosticada com uma doença da coluna vertebral, chamada mielite transversa (MT).
No dia seguinte, ela não conseguia mais andar. Paralisada e numa cadeira de rodas, mas empenhada na sua missão de entender a MT e encontrar uma cura para a paralisia, Cody fundou a “Cody Unser First Step Foundation”, uma organização com a finalidade de ajudar pessoas na mesma condição.
Dois anos mais tarde, por insistência de sua família, ela viajou para Cozumel, no México, afim de realizar um curso de mergulho e obter sua certificação de Open Water Diver.
A perda da sensibilidade em sua perna reverteu-se com a prática regular do mergulho e seu espírito contagiou-se de energia positiva. Desde esta viagem, Cody se dedica a compartilhar os benefícios físicos e mentais que a atividade propicia. Sua organização é responsável por certificar mais de 100 veteranos de guerra.
Todos estes benefícios tem algum embasamento cientifico? Cody também está ajudando a patrocinar uma pesquisa sobre os efeitos terapêuticos do mergulho em pessoas com paralisia.
De 5 a 12 de maio de 2011, a Fundação de Cody em parceria com pesquisadores da Universidade Johns Hopkins e o Centro Internacional de Lesão Medular (ICSCI), do Instituto Kennedy Krieger ,ensinaram mergulho a veteranos de guerra com paralisia, através de seus instrutores.
Um grupo de 30 pessoas, envolvendo nove veteranos de guerra paralíticos, instrutores de mergulho adaptado, voluntários e funcionários da Fundação Cody, se reuniram nas belas e claras águas das IlhasCaiman. A idéia era não só certificar os veteranos, mas também estudar os efeitos do mergulho no corpo humano com paralisia.
Cody adianta que a sensação de mergulhar é maravilhosa para um paralítico. Ela repete uma citação de Jacques Cousteau: “Do nascimento, o homem carrega o peso da gravidade em seus ombros. É parafusado à terra. Mas o homem só tem que afundar embaixo da superfície e estará livre”.
Segundo ela, a sensação de liberdade é multiplicada por um milhão, já que não só "desprende os parafusos da terra", como também, "os parafusos que travam o corpo à cadeira de rodas".
Os pesquisadores querem compreender cientificamente a prática do mergulho, para entender as redes psicológicas e neurológicas que atuam nos órgãos que estão acometidos por paralisia.
Cody se alegra em poder classificar o mergulho como uma opção terapêutica para pessoas com deficiência. Ela acha que a respectiva atividade pode mudar a vida de muitos e está ansiosa por esperar que tipo de resultado o estudo irá apresentar.